A prevenção de lesões por pressão é uma prioridade na área da saúde, pois essas feridas podem causar grande desconforto aos pacientes e aumentar significativamente os custos do tratamento. Implementar boas práticas é essencial para evitar o desenvolvimento dessas lesões, e as recomendações nesse sentido desempenham um papel crucial.
Todas as recomendações possuem um certo grau de força de evidência e força de recomendação. Isso significa que não se trata apenas de seguir protocolos, mas de entender o quão robustas são as evidências que as sustentam e quão fortemente são recomendadas. Essas recomendações não são apenas diretrizes teóricas, mas são fundamentadas em pesquisas sólidas e na experiência prática de profissionais de saúde.
A “Força de Recomendação” é o grau em que o profissional de saúde pode ter certeza de que a adesão à recomendação fará mais bem do que mal.
Para garantir uma implementação eficaz das boas práticas de prevenção de lesões por pressão, é fundamental compreender as forças de evidência e de recomendação associadas a cada recomendação específica. Aqui estão alguns exemplos que ilustram a importância dessas forças:
Considerar os indivíduos que possuem mobilidade limitada e um alto potencial de atrito e cisalhamento: Essa recomendação possui uma Força de Evidência A, o que significa que existe uma base sólida de evidências que sustentam sua eficácia na prevenção de lesões por pressão. Além disso, a Força de Recomendação é ↑↑, indicando uma forte recomendação para sua implementação.
Considerar indivíduos com lesão por pressão categoria 1 em risco de desenvolver para uma categoria 2 ou superior: Mais uma vez, essa recomendação é respaldada por uma Força de Evidência A e uma Força de Recomendação ↑↑, destacando sua importância crítica.
Considerar o impacto potencial da lesão por pressão existente de qualquer estágio no desenvolvimento de lesões adicionais: Embora a Força de Evidência seja C, ainda é uma recomendação valiosa com uma Força de Recomendação ↑.
Esses exemplos ilustram como as recomendações podem variar em termos de força de evidência e de recomendação. No entanto, todas elas são parte integrante das estratégias de prevenção de lesões por pressão. É fundamental que os profissionais de saúde e as instituições de saúde as incorporem em suas práticas para garantir o bem-estar dos pacientes.
O Guideline mencionado, intitulado “Prevenção e tratamento de úlceras/lesões por pressão: guia de consulta rápida,” é uma fonte valiosa de informações para profissionais de saúde. Ele oferece diretrizes atualizadas e baseadas em evidências para prevenir e tratar lesões por pressão de maneira eficaz. Ao consultar esse guia, os profissionais de saúde podem estar bem informados e preparados para lidar com essas situações clínicas complexas. (Fonte: European Pressure Ulcer Advisory Panel, National Pressure Injury Advisory Panel and Pan Pacific Pressure Injury Alliance. Prevenção e tratamento de úlceras/lesões por pressão: guia de consulta rápida. (edição em português brasileiro). Emily Haesler (Ed.). EPUAP/NPIAP/PPPIA: 2019.) – Clique aqui para Download
Em resumo, seguir as recomendações de boas práticas é crucial para prevenir lesões por pressão. Entender as forças de evidência e de recomendação associadas a essas recomendações ajuda a priorizar e implementar as estratégias mais eficazes. Consultar fontes confiáveis, como o Guideline mencionado, é essencial para manter um alto padrão de cuidados de saúde e garantir o bem-estar dos pacientes. Ao adotar essas recomendações, as instituições de saúde podem não apenas reduzir o sofrimento dos pacientes, mas também economizar recursos valiosos no tratamento de lesões por pressão.
